Black Sheep
2006 / Nova Zelândia / 87 min / Direção: Jonathan King / Roteiro: Jonathan King / Produção: Philippa Campbell / Elenco: Nathan Meister, Peter Feeney, Danielle Mason, Tammy Davis, Oliver Driver, Tandi Wright, Glenis Levestam
Deve haver alguma coisa na água da Nova Zelândia! Pois não é possível a capacidade impressionante daquele povo em fazer filmes gore, splatter e escrachados, como se fosse uma tradição daquela pequena ilha da Oceania. Tradição que começou com Peter Jackson e seus Trash – Náusea Total e Fome Animal, influenciado por Sam Raimi, pelos italianos e o ozploitation, até chegar no nonsense Ovelha Negra, e hoje em dia, nos trazer gratas surpresas como Deathgasm.
Gente é sério, isso aqui é um filme sobre OVELHAS MUTANTES CARNÍVORAS ASSASSINAS! O-VE-LHAS!!!! Não tem como ser ruim! E vejam só, quando pensamos nos eco horror mais bizarros do cinema, lembramos logo da Asylum, mas Ovelha Negra é Cidadão Kane perto dos filmes da defenestrada produtora, porque além de se assumir desde o começo como uma bagaceira, ele ainda tem os efeitos especiais desenvolvidos pela Weta Workshop, SÓ a empresa de Peter Jackson que fez as trilogias O Senhor dos Anéis e O Hobbit.
E os efeitos visuais são a cereja do bolo de Ovelha Negra. As cenas das ovelhas atacando sua vítimas, claro que despertam o riso proposital a princípio, mas ela são das mais bem feitinhas, além das propositalmente toscas, misturando CGI e animatrônicos, e o gore tá lá, ao melhor estilo neozelandês de se fazer cinema de terror, em todo seu potencial, com baldes de sangue a rodo enquanto os caprinos atacam.
O que importa mesmo é que o roteiro escrito pelo também diretor Jonathan King é hilário. Ovelha Negra é aquele tipo de filme divertidíssimo, para assistir com os bróders em uma sessão de trasheira, e o melhor de tudo é colocar como vilão (pelo menos o vilão prático, já que teremos aí o dedo inescrupuloso do homem, claro) exatamente os adoráveis animaizinhos que nos fornecem lã. Não é nem o caso de um bode, tipo nosso amigo Black Philliip de A Bruxa, são ovelhas fofas, transformadas em uma ameaça carnívora, quase tão impiedosa quanto sua flatulência que vem causando estragos na Camada de Ozônio (piada escatológica recorrente no filme).

O filme começa trazendo a infância dos irmãos Henry e Angus Oldfield, respectivamente mais novo e mais velho, que vivem em uma fazenda de ovelhas, quando Angus, um adolescente dos mais sacanas, prega uma peça em seu irmão após matar sua ovelha favorita e vestir sua pele, exatamente no mesmo momento que descobrem que seu pai morrera em um acidente num penhasco. Henry então somatiza o trauma e passa a desenvolver um medo primal dos bichos (é sério, isso!) chamada por sua terapeuta de ovelhofobia.
Elipse de tempo, ambos agora adultos, Angus tornou-se um empresário corrupto, que controla a fazendo dos pais e Henry é obrigado a retornar para concretizar a venda da sua parte. O que ele não sabe é que Angus anda fazendo experiências genéticas com as ovelhas e dois ativistas pretendem sabotar seus planos. Só que um deles rouba uma cobaia que num deu lá muito certo – que eu truco se não foi propositalmente inspirada no infame Macaco Rato da Sumatra – que acaba escapando e mordendo um desses ativistas, e mais tarde, uma ovelha ali nos campos de pastoreio.
Não dá outra: o sujeito se transforma num tipo de OVELHOMEM, criatura tosquíssima híbrida humana com ovelha, e os demais caprinos do rebanho se transformam em monstros assassinos tarados por carne humana. YEAH! O ápice é quando Angus, também já infectado nessa altura do campeonato, fará uma apresentação para um grupo de investidores, e todos são atacados pelos animais, numa cena hilária de bagaceira com sangue à rodo. E no final, haverá um confronto final entre irmãos, com direito a mutilação por uma hélice de avião!
Não dá para se levar a sério, e isso nós sabemos que é um verdadeiro trunfo de uma produção como essa, que é bem feitinha, e juntando tudo faz com que Ovelha Negra seja divertidíssimo, para nenhum fã do tosco e do gooooooore botar defeito, e com aquele toque especial vindo da Nova Zelândia, a Terra Média do mundo!

Fala, Marcão!
Cara, esse filme é muito bom. Lembro de assistir esse nos primórdios da pirataria! Devo ter ele gravado em algum dos meu dvd’s gravados no nero. Mas muito foda essa película, australianos são bizarros e geniais.
A primeira sensação que senti ao assistir a esse filme foi “Fome Animal”. Parece que o filme tem a mesma atmosfera das primeiras películas do Peter Jackson, é impressionante. Um ótimo filme.
BIZAAAAAAAROOOOOOOO!
Mano, cadê o link pra baixar o torrent?
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